São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 1997![]() |
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CUT desiste de greve geral e anuncia 'Dia Nacional de Luta' Central fará atos em defesa do emprego em julho SÉRGIO LÍRIO
A idéia havia sido lançada pelo presidente da central, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, durante as comemorações do Primeiro de Maio. Em reunião ontem em São Paulo, a executiva nacional da CUT optou por promover um "Dia Nacional de Luta" em defesa do emprego, salário, terra e previdência social. Serão realizados atos públicos em diversas cidades do país. Além disso, a central pretende dar apoio à greve nacional dos trabalhadores em transporte confirmada para o mesmo dia. "Vamos apoiar todas as categorias que quiserem parar", disse o presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho. Unanimidade A rejeição da greve nacional foi uma decisão unânime da executiva nacional. Segundo Vicentinho, o cancelamento não tem nenhuma relação com as denúncias contra dirigentes petistas, entre eles o presidente de honra do partido, Luiz Inácio "Lula" da Silva. "Os problemas do PT não foram discutidos nessa reunião da executiva." A greve foi cancelada, afirmou Vicentinho, porque os dirigentes consideraram que havia pouco tempo hábil para mobilizar os trabalhadores. Além disso, seria difícil contar com o apoio da Força Sindical, com quem a CUT vem tendo vários conflitos nos últimos meses, devido às proposta de redução de jornada e de flexibilização dos contratos de trabalho da central adversária. A executiva da CUT avalia que a ausência da Força, que participou da última greve geral do país, enfraqueceria a mobilização. Mas Vicentinho disse que a central não descarta totalmente a hipótese de convocar uma greve. Segundo ele, o governo vive um momento de profundo desgaste, por conta das gravação divulgadas pela Folha com acusações sobre a compra de votos para a reeleição. Pró-CPI A criação da CPI da reeleição, aliás, passa agora a ser o principal alvo da CUT nos próximos meses. A central pretende lançar uma campanha nacional sobre o caso. Texto Anterior: Petista muda de posição Próximo Texto: Minas vende 33% da Cemig por R$ 1,3 bi Índice |
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