São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 1997![]() |
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Família era contra cirurgia
DA REPORTAGEM LOCAL Simone Fernandes de Oliveira, que completaria 29 anos no dia 23 de agosto, tinha um filho, era separada e morava com seus pais no Butantã (zona oeste de SP).Pertencente a uma família de classe média de São Paulo, ela é descrita pelos parentes como dona de uma personalidade forte. Simone foi fazer a lipoaspiração contrariando a família. Seus pais, a dona-de-casa Araceli Fernandes de Oliveira e o comerciante Raimundo de Oliveira, e seus dois irmãos, Marcelo, 26, e Ronaldo, 30, eram contrários à cirurgia. A principal restrição da família era ao fato de que a cirurgia seria realizada em uma clínica, e não em um hospital. Vários parentes de Simone afirmaram que a clínica deveria ter um cardiologista para acompanhar as cirurgias. Em setembro, ela fez sua primeira consulta com o cirurgião Evaldo Luque, indicado pela tia. Desde então, vinha juntando dinheiro para fazer a lipoaspiração, que teria custado R$ 3.000, segundo sua tia materna Elizabet Fernandes Augusto. Segundo os familiares, ela só havia se submetido a cirurgias duas vezes antes: uma plástica nos seios e a cesariana de seu filho, Rafael. Os parentes disseram que ela era uma pessoa saudável e que nunca tinha manifestado problemas cardíacos. Ela não fumava. Cláudia Gestas, cunhada de Simone, disse que falou com ela por telefone horas antes da cirurgia e que sua voz parecia assustada. Evaldo Luque não foi considerado culpado pelo Conselho Regional de Medicina e a autoridade judiciária determinou o arquivamento do Inquérito Policial por falta de embasamento para uma denúncia. Texto Anterior: Monitoração pode ter falhado Próximo Texto: Mulher de técnico foi vítima Índice |
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