São Paulo, sábado, 31 de maio de 1997![]() |
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Secretário de Amazonino é suspeito de extorsão e tortura
ANDRÉ MUGGIATI
A informação faz parte de relatório elaborado em 96 por três procuradores da República, após investigações solicitadas pelo Ministério da Justiça. Costa também é acusado de ser um dos beneficiados com o superfaturamento na importação de carros de polícia, de Miami (EUA). No relatório, os procuradores acusam o secretário de praticar "advocacia-policial-administrativa", utilizando o aparelho policial para cobrar dívidas de comerciantes. Segundo o relatório, o comerciante Pedro Celestino de Oliveira Neto, teria tido o filho Ricardo sequestrado por policiais, para que se apresentasse à delegacia para saldar uma dívida. Oliveira Neto chegou a ser levado à penitenciária do Estado, onde afirma ter tido sua integridade física violada. A comissão constatou que o secretário de Segurança, Klinger Costa, constava como advogado no processo de cobrança contra Oliveira Neto. A ocorrência de torturas no prédio da Secretaria de Segurança foi confirmada pelos promotores de Justiça Maria José de Aquino e Manuel Edmundo Mariano da Silva, que ouviram o ruído de pancadas e gritos dentro do prédio. Outro lado O secretário nega o conteúdo das denúncias. "Não há nada. Isso não existe. Eles não têm nenhuma prova do que estão dizendo", diz. "O Klinger é um homem correto, que está sendo injustamente acusado, porque faz um bom trabalho", diz o governador Amazonino Mendes (PFL), que mantém o secretário no cargo. Texto Anterior: Brindeiro atrasa apuração Próximo Texto: Governador quer barrar denúncias Índice |
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