São Paulo, domingo, 1 de junho de 1997
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Jogo de pôquer; Sem dividir poder; A conferir; Casca de banana; Aliado de conveniência; Filme antigo; Candidatura reservada; Mágoa no armário; Austeridade duvidosa; Razão pessoal; Fora da realidade; De volta ao gueto; Pela culatra; Propaganda negativa; Oposição ecumênica; Evento paulistano

Jogo de pôquer
FHC pode ter ainda hoje uma conversa com Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA). O Planalto insiste em argumentar que será superado qualquer obstáculo à idéia de dar ao pefelista o comando da articulação política.

Sem dividir poder
Quem falou com Luís Eduardo saiu com a impressão de que há uma condição inegociável para que ele aceite a coordenação política. FHC deveria deixar claro para PMDB e PSDB que o pefelista será o comandante único.

A conferir
Pessoas próximas a FHC avaliam que o governo entrará em crise se Luís Eduardo não aceitar a coordenação política. Por isso, afirmam que não alternativa ao sim. O pefelista seria seduzido pela oportunidade de fazer um favor em uma hora tão difícil.

Casca de banana
Intriga atribuída a Sarney nos corredores do Senado: erra quem julga que os baianos querem o lugar de Marco Maciel para Luís Eduardo Magalhães, em 98. Seria para o próprio ACM.

Aliado de conveniência
Com seu espaço no governo sob a mira do PFL, a tendência imediata do PMDB é dar maior solidariedade a FHC. Para tentar impedir o domínio pefelista sobre o comando político, segundo dirigentes do partido.

Filme antigo
Setores do PSDB firmaram uma convicção: para enfraquecer Serjão e tentar tomar conta do governo, o PFL foi rápido ao expulsar os deputados acusados de vender votos na reeleição.

Candidatura reservada
Após a garantia de 20% das vagas dos partidos na eleição passada, as mulheres tentarão pôr 30% na lei eleitoral de 98.

Mágoa no armário
Tucanos estranharam a indicação de Almino Affonso (SP) para relatar processo na Comissão de Constituição e Justiça sobre venda de voto na reeleição. Afirmam que sua posição favorável à CPI era bem conhecida de Henrique Alves (PMDB-RN).

Austeridade duvidosa
O PDV (Plano de Demissão Voluntária) de Alagoas está sob suspeita: apenas a família de um supermarajá do Estado embolsaria algo em torno de R$ 2 mi.

Razão pessoal
Motivo dado por Divaldo Suruagy (PMDB) a amigos para não se afastar do governo de Alagoas: se tivesse renunciado no final do ano passado, como chegou a cogitar, sairia como vítima. Agora, como incompetente.

Fora da realidade
De um assessor de FHC, sobre a conversa do presidente com Divaldo Suruagy: "O que nos preocupa é que o governador acha que está tudo bem".

De volta ao gueto
Aliados do PT avaliam que a acusação de omissão de Lula e Zé Dirceu em caso de corrupção enfraquece a idéia de um candidato da centro-esquerda em 98: os dois líderes são os maiores defensores da tese no partido.

Pela culatra
Pegou mal entre os aliados do PT no Congresso o fato de deputados petistas terem condicionado a criação da CPI sobre corrupção no partido à da reeleição. Dizem que é dar argumento para o governo dizer que nenhum dos casos é da alçada do Congresso.

Propaganda negativa
Dois setores estréiam na "Lista Suja" dos vilões do meio ambiente que a Amda (Associação Mineira de Defesa do Ambiente) divulga na próxima quinta: uma indústria de agrotóxicos e uma rede de postos de gasolina.

Oposição ecumênica
Razão para o Planalto apoiar a desincompatibilização de governadores em 98: a eleição acabaria plebiscitária, com os atuais governadores como candidatos oficiais e todo o resto contra.

Evento paulistano
O livro "Um Trabalhador da Notícia", coletânea de textos de Perseu Abramo, será lançado na terça, às 18h30, na Livraria Cultura. O jornalista morreu em 96.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Cesar Maia (PFL), pré-candidato a governador do Rio, prevendo que a imagem de algumas administrações estaduais, como a do provável rival Marcello Alencar (PSDB), atrapalhará a reeleição de FHC:
- Quando começar a sucessão, a associação da má imagem dos governadores ao governo federal será imediata.

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