São Paulo, domingo, 1 de junho de 1997
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McCaw nega ilegalidade

DA SUCURSAL DO RIO; DE NOVA YORK

William Roberts, vice-presidente da McCaw International, diz que a empresa está trabalhando para tornar seus negócios no Brasil "absolutamente" transparentes. "Não estamos violando normas", disse à Folha. A McCaw é subsidiária da Nextel, gigante mundial do mercado de "trunking"
Ao entrar no mercado brasileiro, a Nextel foi acusada de estar burlando a legislação em uma denúncia anônima enviada ao ministro das Comunicações, Sérgio Motta.
Junto com a denúncia, Motta recebeu cópia de relatório da McCaw detalhando as operações no Brasil e a forma como se tornou a empresa com maior número de canais de "trunking" (1.700) no país.
Ela os adquiriu da Wireless Ventures of Brazil, em negociação concluída em janeiro deste ano.
"Temos pareceres jurídicos sustentando que as aquisições feitas pela Wireless atenderam às exigências legais", afirmou William Roberts. Segundo ele, a McCaw vai investir US$ 250 milhões no Brasil nos próximos cinco anos, fora os US$ 186 milhões gastos na compra de 81% das ações da Wireless.
Roberts disse que a empresa não quer criar polêmica com o governo brasileiro, mas vê com naturalidade a divergência entre operadores de "trunking" e da banda B.
Segundo ele, durante oito anos as empresas de "trunking" dos EUA sofreram nas mãos das operadoras de telefonia celular, que se queixavam da concorrência.
Agora, afirma, são as empresas que compraram as licenças para explorar o serviço PCS (nova modalidade de telefonia celular) que se queixam, alegando que o "trunking" vai roubar clientes.
Roberts diz que há 2 milhões de usuários de "trunking" nos EUA, e 40 milhões assinantes de celular.
Olinto Sant'ana, presidente e porta-voz da Metrophone (empresa que vende "trunking" para o grupo MComcast), não foi localizado. Sua assessoria informou à Folha na última terça que ele está nos EUA, em localidade incerta.

Colaborou JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO, de Nova York

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