São Paulo, domingo, 1 de junho de 1997
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Só querem frequentar festas

DA REPORTAGEM LOCAL

Arroz-de-festa e boca-livre são expressões tão indissociáveis quanto vinho ruim e vernissage: essa é a opinião de mulheres que conhecem bem todos os efeitos daquelas combinações.
"Tenho horror a homem que precisa bater o ponto toda noite em festa", afirma a professora de alongamento Magali de Medeiros, 36. "Comigo, não."
Ela se diz traumatizada depois de um namoro "relâmpago" com um publicitário.
"O cara era um outdoor (dele mesmo) ambulante", diz. "Desses que você não sabe onde termina o lobista, onde começa o homem."
Magali diz que o rapaz só precisava dela para fazer figuração. "Ele me levava pelo braço como se eu fosse uma bolsa."
Magali foi obrigada a terminar o namoro por telefone. "Ele não tinha um espaço na agenda para conversar comigo."
Segundo ela, era impossível solicitá-lo à noite. "Eu era menos importante do que qualquer batizado de cachorro."
A corretora de seguros Flávia Longo, 21, conta que até tentou acompanhar o ritmo de um ex-namorado festeiro.
"Mas, no fim de dois meses, estava precisando de um spa", lembra. "Ele ia a três festas por noite, sete dias por semana."
Flávia terminou o relacionamento sugerindo ao namorado que ele estava na profissão errada.
"Ele dizia que era vendedor de automóveis, mas eu achava que ele deveria tentar alguma coisa na área de promoção de eventos."

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