São Paulo, domingo, 1 de junho de 1997
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Fim de feira

RODRIGO BUENO

Sempre que o verão chega à Europa, o futebol entra em clima de fim de feira.
Os interclubes do continente já têm seus vencedores. Com exceção da Espanha, os principais países já conheceram seus campeões. Os torneios que seguem despertam menos interesse.
Clubes, jogadores e colunistas aproveitam para fazer o tradicional balanço da temporada.
Primeiro, as surpresas.
Os times alemães desbancaram os italianos. Na Copa dos Campeões, o Borussia Dortmund despachou a superfavorita Juventus e, na Copa da Uefa, o Schalke 04 roubou a taça da Internazionale em Milão.
Entre os campeonatos nacionais, só o Francês e o Holandês fugiram do esperado. Se o Paris Saint-Germain, de Leonardo e Raí, sucumbiu diante do Monaco, de Anderson, o Ajax passou sua hegemonia para o PSV.
Depois, o lógico.
O milionário Barcelona fez sua parte, levando a Recopa. Juventus na Itália, Bayern na Alemanha, Manchester na Inglaterra, e Porto em Portugal, cumpriram suas obrigações, triunfando com certa folga.
Ronaldinho, confirmando todas as expectativas, tornou-se o melhor jogador do planeta.
O centroavante brasileiro, aliás, roubou as atenções no início (com sua ida ao Barcelona), no meio (com sua afirmação no time espanhol) e no final (com sua propalada transferência) desta temporada.
Paralelamente ao fim da feira, entramos agora na fase das especulações e dos palpites.
O Milan se reerguerá na Itália? Shearer será o novo camisa 9 do Barcelona? O Manchester terá sucesso sem Cantona? Weah jogará na Espanha? O Ajax voltará aos dias de glória?
Perguntas demais, respostas de menos. Até o final de junho, mês em que quase todas as seleções nacionais terão compromissos, pouca coisa será definida. Certo mesmo é que, como todo fim de feira, haverá muita faxina e desarme de barracas.

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