São Paulo, domingo, 1 de junho de 1997 |
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Analistas vêem ato falho de Chirac Discurso na TV teria 'significado oculto' EMMANUELLE HAMOU
Seria um lapso, uma revelação inconsciente de um insucesso pessoal, ou expressão do desejo inconfessável de uma coabitação com um gabinete de esquerda? Para o psiquiatra Jean-Claude Polack, "a ambição de Chirac é alçar-se à altura de De Gaulle e Mitterrand, os dois grandes presidentes do século. Se levássemos a identificação ao extremo, poderíamos dizer que Chirac deseja a coabitação. Ele já a praticou, em 1986, como primeiro-ministro. Agora, quer experimentá-la como presidente." A interpretação é a mesma do psicanalista Daniel Sibony, para quem Jacques Chirac "tem saudades do par formado com Mitterrand". Mas isso não quer dizer que ele fracassou. Para os psicanalistas Amaro de Villanova e Gérard Miller, na eleição de 1995 "Chirac satisfez seu desejo íntimo -ser presidente da República- e não sabe mais o que fazer". Para Miller, o presidente é como as pessoas que, uma vez atingida sua meta, "se vêem sem rumo, como se sua consagração tivesse de repente extinguido seu desejo". Texto Anterior: Fragmentação do eleitorado prejudica o governo Próximo Texto: Vitória socialista afetaria moeda única Índice |
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