São Paulo, segunda-feira, 2 de junho de 1997
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Colégios tentam dificultar

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os professores afirmam que estão de olho na cola. Os colégios procurados afirmam tomar várias providências para evitar a cola. Mas os estudantes garantem que só não cola quem não quer.
"É muito fácil colar no Objetivo, é até ridículo. B.A., 16, aluno da 2ª série do 2º grau, diz que "90% dos fiscais são desligados".
A diretora da unidade paulista do colégio, Maria Luiza Guimarães, diz que os casos de cola são muito raros. "Fazemos quatro tipos de prova, misturamos as séries. Os fiscais olham as carteiras, as paredes. Como a fiscalização é rigorosa, os alunos estudam."
B.A. e seus colegas dizem que isso é "balela", que os fiscais não passam de umas "velhas cegas".
A coordenadora Dora Nobre, do Objetivo, que também fiscaliza prova, diz que "é difícil dizer que não existe, mas a gente dificulta".
"O material do aluno é depositado logo na entrada da sala. Em cima da carteira, só caneta e carteirinha. Às vezes, olhamos dentro do estojo para ver se há cola", diz.
O professor Sidney de Seixas Valença, da EEPSG Caetano de Campos, diz que olha as paredes, as mãos, embaixo das carteiras. "Dificilmente eles colam", diz.
A.T., 17, aluna da escola, diz que é "só ter as manhas". "Borracha, cola no estojo e livro aberto embaixo da carteira são bobagem", diz.
No Colégio Bandeirantes, o método é o seguinte: as turmas da mesma série fazem prova no mesmo dia e horário. "Ainda dividimos as turmas em pares e ímpares e misturamos séries", diz Pedro Fregoneze, diretor pedagógico.

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