São Paulo, segunda-feira, 2 de junho de 1997 |
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Sotaques se dividem em cinco
JOSÉ ALBERTO GONÇALVES
Os bois de matraca são característicos da ilha de São Luís. Os instrumentos usados são as matracas. Acompanham os pandeirões. Nesse sotaque, destacam-se os bois Maioba, Madre-Deus, Caratatiua, Turu, Maracanã e Iguaíba. Talvez os bois de matraca sejam os que mais eletrizem o público. Entre 200 e 500 matracas são batidas umas nas outras pelos componentes do boi e pelo público, produzindo um som estridente, que segue um ritmo de toada. Carlos Lima, presidente da Associação do Folclore do Maranhão, compara o entusiasmo provocado pelas matracas à "frevura" (fervura) do frevo pernambucano. Therezinha de Jesus Jansen Pereira, do boi da Fé em Deus, diz que o sotaque de zabumba é a raiz do folguedo. Seu grupo, um boi de zabumba, leva para a rua 13 instrumentos, entre tambor-onça, pandeirinhos e maracás. Mais recente, o boi de orquestra conta com um ritmo alegre e suave, produzido por instrumentos de corda e sopro. Um dos bois de orquestra mais conhecidos, o de Axixá, teve uma de suas toadas incorporadas a shows de Gal Costa. No sotaque de Pindaré, da Baixada Maranhense, os bois se apresentam com guarda-roupa exuberante. Os bois de Pindaré também utilizam matracas e pandeirões, menores que os de São Luís. Nem sempre citado pelos pesquisadores entre os de maior destaque, o sotaque de cururupu foi adotado por grupos do interior do Estado. Nesse boi, os componentes tocam pandeiros com as costas das mãos. (JAG) Texto Anterior: Lenda anima festa junina no Maranhão Próximo Texto: Boi Barrica já visitou 8 países Índice |
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