São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997 |
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Brasil perde R$ 10 bi ao ano em estradas Falta de conservação causa perdas MALU GASPAR
O cálculo, do Banco Mundial, está sendo usado pelo IPC (Instituto Pan-Americano de Carreteras -rodovias, em espanhol) como alerta para que governos federal, estaduais e municipais cuidem melhor da manutenção. Segundo Thais Monteiro Penteado, presidente do IPC no Brasil, priorizar a conservação é uma tendência mundial que deveria ser seguida pelo Brasil. "Cada real que deixa de ser aplicado em conservação se converterá, no futuro, em investimento de R$ 3,00 para a recuperação da malha rodoviária", afirma. Segundo ela, esses cálculos levam em conta, entre outros fatores, prejuízos com estrago de produtos transportados devido à má conservação das estradas, custos com avarias nos veículos e problemas com segurança e sinalização. As principais causas da situação atual das estradas brasileiras, para Thais, são a falta de verbas para a manutenção, a burocratização no Estado na gestão dos serviços e a mentalidade da maioria dos governantes, que preferem construir estradas a consertá-las. Terceirização A presidente do IPC afirma que a terceirização é o melhor recurso disponível aos governos para fazer a conservação das rodovias. "Com a terceirização, os governos não precisam mais, por exemplo, fazer licitação para comprar asfalto para tapar buracos. Faz-se a licitação apenas para contratar a empresa que cuide de tudo isso". Outras soluções importantes seriam a transferência de tecnologia para o barateamento dos custos e o aumento da segurança, a qualificação da mão-de-obra e a criação de leis que dêem maior agilidade aos órgãos governamentais. Texto Anterior: Coleta de lixo em SP custará mais Próximo Texto: DER terceiriza conservação de via Índice |
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