São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997 |
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Sem-teto ameaça nova invasão
MARCELO OLIVEIRA
"Se os donos do terreno não fizerem nada, esse grupo ou outros vão invadir esta área novamente", afirmou Raimundo José Bonfim, 35, do Movimento de Favelas de Guarulhos, que foi procurado por representantes dos sem-teto após a invasão. Segundo Severino Soares Catão, representante dos invasores na ação que determinou a desapropriação, cerca de 1.500 famílias já haviam demarcado lotes de 5x25 metros no local. A intenção era negociar para que a Prefeitura de Guarulhos comprasse a área da construtora e os terrenos fossem pagos em prestações. "Aqui tem gente de São Paulo, Guarulhos e até de Mogi das Cruzes, que está sofrendo para pagar o aluguel ou está quase sendo despejado por aí", disse. Catão disse que o grupo deixaria pacificamente o terreno, mas que o problema de moradia não se resolve. "Se não pudermos ficar aqui, vamos para outro lugar", afirmou. Segundo Alcírio dos Santos Cardoso, 65, procurador da construtora, a Paineiras deverá lotear o terreno invadido que foi desocupado ontem. (MO) Texto Anterior: Operações tiveram diferenças Próximo Texto: Carandiru vive nova rebelião Índice |
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