São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997 |
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Advogado denuncia 'armação' para prejudicar o Atlético-PR
MÁRIO MAGALHÃES
A tendência se baseia nas opiniões de Valed Perry, advogado de Mario Celso Petraglia, presidente do clube paranaense, e de Carlos Antônio Navega, presidente do inquérito sobre supostas irregularidades na arbitragem. "Está tudo armado para a punição do Atlético", afirmou Perry, 77, considerado o maior especialista brasileiro em Justiça desportiva, na qual atua desde 1951. Presidente do inquérito, Carlos Antônio Navega é um dos 11 auditores que integram -e votam- o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Ele defendeu ontem, ao contrário do que fizera na apresentação de seu relatório, dia 23 de maio, a condenação do Atlético-PR por "proceder de forma atentatória à dignidade do desporto, com o fim de alterar resultado (...)". A pena, prevista no artigo 336 do CBDF (Código Brasileiro Disciplinar de Futebol), é de suspensão de 180 a 360 dias. Nesse caso, o Atlético-PR não disputaria o Brasileiro, que começa em julho. Seria substituído pelo Fluminense, o time de melhor desempenho entre os rebaixados. No seu relatório, Navega só pedia explicitamente a suspensão de Mario Celso Petraglia -e não do clube- e de Ivens Mendes, ex-presidente da Conaf (Comissão Nacional de Arbitragem). Sua nova leitura já tem o apoio de outro integrante do STJD, Edilson Gonçalves, procurador no processo sobre arbitragem. O processo foi aberto depois que a TV Globo mostrou gravações clandestinas em que, entre outras coisas, Petraglia prometeu R$ 25 mil a Ivens Mendes. Defesa Na opinião do advogado do Atlético-PR, Antônio Augusto Alves de Souza, a suspensão estipulada no artigo 336 só pode ser aplicada a pessoas físicas, não a clubes. Texto Anterior: Luxemburgo quer final 'digno' para time Próximo Texto: Leão não aceita o rótulo de 'linha-dura' Índice |
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