São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997 |
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Robôs brasileiros vão entrar em campo
RODOLFO LUCENA
Tudo se encaminhava bem, mas há cerca de 15 dias os robôs sofreram uma contusão daquelas de mandar o craque para o hospital. Queimou a placa que captura as imagens e transmite os dados para o processador, o cérebro do sistema de jogo mecânico criado pelo cientistas brasileiros. Era uma placa especial, importada. Não havia reserva nem tempo para comprar uma nova. "Tivemos de abortar a viagem", diz o engenheiro eletrônico Roberto Fernandes Tavares Filho, 41, um dos envolvidos no trabalho. Há dois projetos em construção, um na Coppe (Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro) e outro no Instituto de Automação do Centro Tecnológico para a Informática, em Campinas (99 km a noroeste de SP). Também participam pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e da Unesp (Universidade Estadual Paulista). Os projetos mecânicos são diferentes, mas a parte lógica é a mesma. Os robôs não pensam nem "falam" com o micro Pentium que comanda os movimentos. Eles apenas recebem via rádio as ordens do computador, que calcula as jogadas a partir de imagens captadas por uma câmera de vídeo que tem visão geral do campo. "O fato de termos chegado até esse ponto nos permitiu confirmar que há no Brasil know-how suficiente para o desenvolvimento de pesquisas na área de robótica no nível autônomo", diz Tavares. O grupo decidiu organizar o Campeonato Brasileiro de Futebol de Robôs, previsto para março próximo. O campeonato servirá também para a escolha da equipe brasileira que deverá disputar a Copa da França. Texto Anterior: Nova Polaroid evita distorção das imagens Próximo Texto: Há potencial para jogo mais refinado Índice |
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