São Paulo, quinta-feira, 5 de junho de 1997 |
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PMDB quer ministro como coordenador
LUCIO VAZ
Os deputados deixaram claro que estão dispostos a votar a favor das reformas constitucionais, mas querem a "contrapartida" em cargos e recursos para obras, além da manutenção de Santos na articulação política do governo. A reportagem da Folha ouviu os discursos dos deputados do PMDB por uma porta entreaberta no auditório Nereu Ramos da Câmara. "Solidariedade total. O PMDB está em pé de guerra", afirmou Santos, após a reunião, comentando os discursos dos deputados. O partido prevê a perda de espaço do ministro com a efetivação de Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA) como líder do governo na Câmara. Santos não aceita a idéia de que Luís Eduardo vá ser o coordenador político do governo: "O líder é coordenador político dentro da Câmara. O Senado tem outro líder. Eu exerço a coordenação política junto ao Executivo". Indagado sobre quem dará a palavra final na coordenação do governo (ele ou Luís Eduardo), disse: "Quem decide é o presidente. São coisas diferentes. Uma coisa é o Executivo, outra é o Legislativo". Contrapartida Em reunião fechada com os ministros Luiz Carlos Santos, Iris Rezende (Justiça) e Eliseu Padilha (Transportes), os deputados do PMDB desfilaram um rosário de reivindicações e pediram uma "contrapartida" do governo pelos votos a favor das reformas. "O PMDB está dentro do governo. Temos que lutar pelas reformas. Mas que haja contrapartida. Temos que ser tratados como governo, para que possamos ajudar o governo a preparar o país", disse Darcísio Perondi (RS). Texto Anterior: Luís Eduardo resolve um falso problema Próximo Texto: Não sou milagreiro, diz novo coordenador Índice |
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