São Paulo, quinta-feira, 5 de junho de 1997
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Secretário evita apontar culpado

DA REPORTAGEM LOCAL

"O problema aqui não é a idade da ponte. Em Paris, eles têm pontes de 300 anos. O problema é de manutenção." Com frases polêmicas como essa, o secretário municipal de Obras e Vias Públicas, Reynaldo de Barros, roubou a cena ontem na ponte dos Remédios.
Apesar de apontar a causa, Barros evitou apontar culpados pela deterioração da ponte. "Nós temos que resolver o problema do tráfego, quem é o culpado pouco importa."
Segundo Barros, o importante é liberar o trânsito na marginal Tietê no trecho sob a ponte dos Remédios. "A ponte a gente resolve depois. Ela não é vital, nem para Osasco, nem para São Paulo."
Barros disse que a prefeitura já havia detectado problemas na ponte dos Remédios em abril de 96, quando realizou inspeções em pontes da cidade.
"Mandamos um ofício para o DER, dizendo que aquilo lá estava cheio de problemas, que poderia cair tudo."
Em fax, datado de 23 de abril, enviado pelo engenheiro Paulo Taliba, superintendente de obras da Secretaria de Vias Públicas, que cuida da preservação das pontes da cidade, a prefeitura informou que estava encaminhando laudo sobre a ponte para o departamento estadual.
O ofício, acompanhado de cópia de um laudo elaborado por uma empresa de engenharia, diz que providências são necessárias, em face das "graves anomalias encontradas."

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