São Paulo, quinta-feira, 5 de junho de 1997
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Solta o braço nele, Gustavo

FERNANDO MELIGENI
ESPECIAL PARA A FOLHA, DA REPÚBLICA TCHECA

O que o Gustavo Kuerten conseguiu em Roland Garros é um puta resultado. Uma alegria muito grande para nós, tenistas, e para todos os esportistas do Brasil.
Um feito que qualquer jogador gostaria de alcançar, pois o Aberto da França é o mais importante do circuito em quadras de saibro.
Ele teve a sorte de aparecer para o público em um grande campeonato. Outros se tornam famosos ganhando torneios menores.
Vale destacar que é uma vitória conjunta dele, do seu treinador (Larri Passos), da família e dos amigos, que vêm trabalhando juntos há muitos anos.
Conheço bem o Gustavo, pois vivemos juntos no cotidiano (são companheiros de duplas). É um cara humilde, sabe o que quer, batalhador. Ele vai longe.
Fazia um ano e meio que lutávamos pela primeira colocação no Brasil. Somos amigos fora da quadra e nos respeitamos bastante como profissionais. Conversamos bastante. Ele me dá força quando estou meio deprimido, após alguma derrota, e eu faço o mesmo.
O próximo adversário do Gustavo é o Filip Dewulf. Um grande jogador, mas não tem nenhuma grande arma que possa preocupar.
Perdi para ele na segunda rodada. Ele ganhou dois sets muito fácil, e eu me recuperei nos dois seguintes na garra e na vontade. E o quinto set é uma loteria.
Se o Gustavo jogar bem, vai passar por cima dele. É preciso estar bem mentalmente e ter tranquilidade.
Por isso, Gustavo, faça o seu, faça o melhor possível. Solte o braço, e bola pra frente!!!

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