São Paulo, quinta-feira, 5 de junho de 1997
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Líder da oposição quer eleição antes

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O ex-chefe militar Ehud Barak, eleito líder do Partido Trabalhista (o principal da oposição), disse que pretende antecipar as eleições para a sucessão do atual primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu.
O mandato de Netanyahu está previsto para se estender até o ano 2000, quando devem se realizar eleições gerais.
Em discurso feito ao lado do túmulo do premiê trabalhista Yitzhak Rabin, Barak, ex-chefe do Exército e ex-chanceler, disse que "faria o seu melhor" para que "em um ou dois anos" sejam convocadas eleições.
Em Israel, o premiê é escolhido por voto direto, mas Netanyahu, apoiado pelos judeus ortodoxos, poderia cair se sua coalizão perdesse a maioria no Knesset, o Parlamento israelense.
Atualmente, 66 dos 120 deputados dão sustentação ao governo do primeiro-ministro.
Pesquisa
Caso ocorresse um confronto direto entre Barak e Netanyahu, que deve se candidatar à reeleição, o trabalhista sairia vencedor.
Segundo pesquisa do Instituto de Opinião Pública Dajaf divulgada ontem, Barak ficaria com 44,7% dos votos, contra 39,3% para o atual premiê.
Barak disse ontem que continuará a luta de Rabin pela paz. Rabin, que inaugurou o proceso de paz com palestinos ao assinar o primeiro acordo de paz com os palestinos, em 1993, foi assassinado em 1995 por um ativista ortodoxo.
"Eu me vejo seguindo o legado de Rabin. Eu me sinto altamente comprometido com a luta pela paz", disse o novo líder do Partido Trabalhista. Sua vitória no partido, anunciada anteontem por TVs israelenses, foi confirmada ontem oficialmente.
Barak afirmou que o Estado de Israel deve "calcular os riscos" para conseguir a paz. O ex-chefe militar defende a política de trocar terras por paz.
Ele substitui na liderança trabalhista Shimon Peres, que perdeu as eleições no ano passado para Netanyahu. Peres dividiu o Nobel da Paz de 1994 com Rabin e com o líder palestino Iasser Arafat por seu esforço pela paz.

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