São Paulo, sexta-feira, 6 de junho de 1997
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Francês quer renegociar moeda única

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A maioria dos eleitores franceses quer renegociar as condições para a adesão à moeda única européia, o euro, segundo uma pesquisa de opinião divulgada ontem.
A sondagem do instituto Ipsos, a primeira desde a vitória da esquerda na eleição parlamentar, foi publicada na revista semanal "'Le Point".
Ela revela que 52% dos entrevistados são favoráveis à renegociação das condições impostas pelo Tratado de Maastricht para a unificação européia, e 36% são contrários.
Os socialistas, que lideram o novo governo, defendem uma mudança na abordagem da unificação européia, dando destaque para o crescimento econômico e a criação de empregos.
O governo anterior, liderado por Alain Juppé, impôs medidas de austeridade que causaram aumento do desemprego e cortes na área social.
A "coabitação" do presidente Jacques Chirac com o premiê Jospin é uma coisa positiva para 55% dos entrevistados, mas 58% acham que ela não vai durar os cinco anos do mandato da Assembléia Nacional eleita no domingo passado.
Segundo a pesquisa 43% dos eleitores aprovam o gabinete "rosa-verde-vermelho" (formado por socialistas, ambientalistas e comunistas) apresentado anteontem por Jospin, contra 19% que se declararam insatisfeitos. Nada menos que 38% não tinham opinião sobre o assunto.
Chirac reuniu-se ontem com o novo gabinete, e fez a sua primeira declaração pública desde a derrota eleitoral. "A França falou. Temos pela frente um período de coabitação. Não tenho dúvida de que ela será vivida com dignidade, respeito mútuo e constante preocupação pelos interesses da França."
A Bolsa de Valores está em alta desde a vitória da esquerda, depois de ter várias quedas na semana passada, aparentemente por medo da vitória socialista.
Ontem, o índice CAC-40 fechou com uma alta de 2,1%, e o franco ficou estável, em 5,8/dólar.
Corrupção
Um tribunal de Lyon condenou ontem o ex-líder do Partido Socialista Henri Emmanuelli a 18 meses de prisão, mas com sentença suspensa. Ele foi condenado por financiamento ilícito do partido.
O veredicto deveria ter sido dado há uma semana, mas foi adiado para não interferir na eleição, que deu a vitória à esquerda.

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