São Paulo, domingo, 8 de junho de 1997
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Redes de fast food abrem 8.448 vagas

Oportunidades são para 97

CARLA ARANHA SCHTRUK
DA REPORTAGEM LOCAL

Não faltarão empregos nas redes de fast food. Arby's, Bob's, Habib's, Casa do Pão de Queijo, Lig-Lig e McDonald's prevêem a criação de 8.448 vagas até o final deste ano, em quase todas as regiões do país (veja quadro abaixo).
A previsão parte de estatísticas. O setor de fast food cresce 5% ao ano, segundo a Fhorest (Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo).
O número é uma boa notícia para quem procura emprego na área. "Se a economia se mantiver estável e as pessoas continuarem indo mais às redes de fast food, haverá a criação de mais empregos até o fim da década", prevê Virgílio de Carvalho, 46, diretor da Fhorest.
Algumas redes de fast food já estão convocando candidatos para preencher ficha ou enviar currículo. Serão recrutados de balconistas a gerentes, mas 80% das vagas costumam ser para atendentes.
"Cada loja emprega 100 pessoas, sendo que cerca de 85 são atendentes", explica Rosa Paulino, 42, diretora de RH (recursos humanos) do McDonald's, que vai abrir 58 novas lojas até o final do ano.
Salários
A maioria das redes de fast food não informa os salários pagos, mas, para atendente, a média é de R$ 300 por mês. Gerentes ganham até R$ 5.000, sendo que a média é menor, cerca de R$ 2.500 mensais.
Para candidatos a atendente, não há muitos pré-requisitos no recrutamento. Em função disso, desempregados e estudantes vêem no setor uma chance de conseguir o sonhado primeiro emprego.
Experiência prévia na área, por exemplo, não é necessário. É preciso apenas ter, no mínimo, 14 anos de idade e estar cursando ou ter terminado o segundo grau.
É o caso de Fabiana Simone da Silveira Pelais, 20, e Vivian Regina May, 14, atendentes do McDonald's de Alphaville (SP), onde trabalham quatro horas por dia.
"Fiquei dois anos sem trabalhar, desde que acabei o colegial. Estava difícil conseguir trabalho, não tinha experiência", diz Fabiana. "Eles dão chance", afirma Vivian.
Desempregada por dois anos, Rute Dornellas do Nascimento, 24, conseguiu emprego há dois meses no Lig-Lig. "Ganho R$ 402 mensais para atender pedidos por telefone. Sei que um dia posso ser gerente. Já teve um caso aqui."

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