São Paulo, domingo, 8 de junho de 1997
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Angolanos reclamam da falta de empregos

DA SUCURSAL DO RIO

Pobreza, preconceito e dificuldade em arranjar trabalho. Em síntese, esses são os principais problemas enfrentados pelos angolanos no Brasil.
A grande maioria deles vive no Estado do Rio. Dos 1.282 registrados pelo Acnur, 1.093 (85%) são assistidos pela Cáritas Arquidiocesana do Rio.
Os angolanos residem majoritariamente no Bairro de Fátima (centro do Rio) ou no município de Duque de Caxias (Baixada Fluminense).
Alberto Gonçalves Gregório, 25, chegou ao Rio em 93, fugido da guerra civil. Mesmo casado com uma brasileira e com uma filha de dois anos nascida aqui, ele já pensa em voltar.
Gregório trabalha, sem carteira assinada, como segurança de uma empresa e ganha R$ 350 por mês. Segundo ele, a condição de refugiado torna mais difícil a obtenção de emprego em situação regular.
Sofia Lukeba, 25, acha a vida no Brasil "muito cara". Ela chegou em 95, junto com o marido. Aqui, teve o filho Manuel, de cinco meses.
A família se sustenta graças à ajuda do Acnur e aos "bicos" que o marido faz. "Se melhorar em Angola, a gente volta", diz ela, que ainda se expressa melhor em lingala (um dos idiomas angolanos nativos) que em português.

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