São Paulo, segunda-feira, 9 de junho de 1997
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Prefeitos ficam surpresos

DANIELA FALCÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Alguns dos 17 prefeitos envolvidos no caso dos pedidos de ambulância com assinatura falsificada se disseram surpresos: jamais haviam solicitado veículos com UTI.
"Não esperava conseguir ajuda federal e terminei comprando uma com dinheiro da prefeitura. Se a gente ganhar mais uma, ainda mais sendo UTI, vou achar é bom", afirma Luiz Berti Sanjuan, prefeito de Sobradinho (BA).
Ele diz ter sido procurado pela Cem Engenharia quando assumiu a prefeitura, em janeiro passado. "Nunca conversamos sobre ambulância com UTI."
O prefeito de Maetinga, Emídio Vieira de Aguiar, não faz questão de receber uma ambulância com UTI. "Prefiro usar o dinheiro (R$ 67 mil) para comprar duas ambulâncias normais", diz.
Aguiar afirma que também foi procurado pela Cem Engenharia, que se ofereceu para ajudar a prefeitura a elaborar projetos. Mas diz que nunca conversou sobre pagamento.
Aílton Oliveira, prefeito de Ribeirão das Neves (MG), única cidade mineira envolvida no caso dos 17 pedidos, diz que não pediu ambulância nem passou documentos a uma assessoria.
"Somos uma cidade grande, da região metropolitana de Belo Horizonte, e o prefeito é do PSDB. Não precisamos de intermediários para obter verbas", diz Hyé Ribeiro, assessor de imprensa do prefeito Oliveira. Segundo ele, o papel timbrado da prefeitura foi falsificado.
(DF)

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