São Paulo, segunda-feira, 9 de junho de 1997 |
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Na mudança, defina responsabilidades
PRISCILA LAMBERT
A principal dica ao escolher a empresa é pesquisar entre as mais tradicionais ou conhecer pessoas que tenham utilizado e aprovado os serviços de uma companhia. "Assim o consumidor estará se prevenindo contra eventuais atos de má-fé", diz Selma do Amaral, supervisora da área de serviços do Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor). Segundo ela, já chegaram ao órgão problemas de consumidores que perderam todos seus móveis por terem contratado uma empresa "fantasma". O atraso na entrega da mercadoria e a danificação dos produtos são queixas constantes no Procon. Para facilitar o acordo se houver problemas, uma medida importante é exigir contrato detalhado. "Só assim se estabelece o que é responsabilidade da empresa", afirma o assessor jurídico da presidência do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo e Região), Carlos Breda (veja texto ao lado). O contrato deve esclarecer, entre outras coisas, em que condições eventuais danos serão cobertos pela empresa. Por exemplo: quando o consumidor prefere embalar os produtos em vez de deixar a função para a empresa, e esta só tem o trabalho de transportar, a companhia deve pagar por prejuízos? Segundo advogados, essa é uma questão complicada, que deve estar especificada por escrito. A Granero, por exemplo, como outras grandes empresas de mudança, oferece um seguro, cujo valor varia de acordo com o que foi discriminado pelo cliente. Deve ser feito um inventário com todos os itens que serão transportados e o valor estimado de cada um. O cliente paga, como seguro, 1% do valor total. "Mesmo se o consumidor preferir embalar por conta própria, os funcionários reembalam se for necessário. Em caso de danos, o cliente será reembolsado", diz Júlio Pires, 47, gerente de marketing. A decoradora Telma de Vasconcelos, 74, diz ter recebido, com 15 dias de atraso, uma caixa com objetos de herança vindos de Recife pela Transportadora Pinto. "A caixa chegou com vários objetos quebrados e senti falta de outros. São objetos de porcelana fina, prata e cristais que custam um bom dinheiro", diz. Ela diz ter reclamado várias vezes à empresa sem obter resultados. A empresa disse que iria verificar o problema (veja texto ao lado). Texto Anterior: Santos lidera o ranking de casos da doença em SP Próximo Texto: Consumidor deve pesquisar Índice |
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