São Paulo, segunda-feira, 9 de junho de 1997
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REPERCUSSÃO

Fernando Henrique Cardoso, 62, presidente da República - "Parabéns, Guga. O Brasil amanheceu torcendo por você. Valeu a pena. Seu talento, empenho e garra vão contagiar todos os brasileiros. Sinto orgulho de você."

Fernando Scherer, 22, nadador medalha de bronze nos 50m livre na Olimpíada de Atlanta-96 - "Eu conheço o Guga desde a infância, e até os 12 anos eu joguei com ele. O tênis sempre foi meu esporte preferido. O Guga é uma pessoa fantástica, equilibrada, com uma importante estrutura familiar. Em Roland Garros, foi muito superior. A esquerda dele está melhor que a do Ivan Lendl nos bons tempos. Como amigo e admirador, fico muito feliz com essa conquista. É um passo importantíssimo para ele e para o tênis no Brasil."

Cássio Motta, 37, ex-tenista, chegou a 48º no ranking mundial - "Ele não ganhou Roland Garros por sorte, mas pela qualidade do seu jogo. Isso ficou claro para mim durante a partida contra o Kafelnikov, que é um tenista que não dá nada de graça para ninguém. Depois que Kuerten passou por ele, não tinha mais como segurar. Ele vem jogando bem há algum tempo, e seu jogo só deve melhorar daqui para frente. Acho que ele é o melhor tenista que o Brasil já teve."

Nelson Nastás, 46, presidente da Confederação Brasileira de Tênis - "A atuação de Guga em Roland Garros só traz benefícios para o tênis brasileiro. Tenho certeza de que a performance espetacular do Guga atrairá novos adeptos para o esporte e, o mais importante, vai despertar o interesse para o investimento de novos patrocinadores, principalmente de governos, estatais e órgãos públicos, que apóiam todos os esportes, menos o tênis. A atuação do Guga pode soar como um despertador."

Fernando Meligeni, 26, tenista número dois do Brasil e atual 88º no ranking da ATP - "É um puta resultado, uma alegria muito grande para nós, tenistas, e para todos os esportistas do Brasil. Ele é um cara humilde, sabe o que quer, é batalhador e vai longe."

Thomas Koch, 52, ex-tenista, chegou às quartas-de-final do Aberto da França em 1968 e foi 24º colocado no ranking da ATP - "O Guga mostrou categoria e uma cabeça fantástica. Ele está de parabéns. Já joguei em Roland Garros e sei o quanto é difícil. Nos torneios de Grand Slam, mais que o cansaço físico há o cansaço mental, e o Guga se superou. No tênis, vence quem tem mais cabeça."

Carlos Alberto Kirmayr, 43, técnico e ex-tenista, foi 36º no ranking mundial - "Sofremos, vibramos e torcemos muito. Esse é o grande Guga, o surfista do saibro, como está sendo chamado. Quando eu estava treinando a Gabriela Sabatini, ele já era o melhor juvenil brasileiro. Agora, pude acompanhar de perto seu trabalho, sua disciplina e um incrível bom humor. Esse é o diferencial."

Luiz Mattar, 34, ex-tenista, chegou a 29º no ranking mundial - "O Guga foi praticamente perfeito. Ele veio de uma chave muito difícil, enfrentou o Muster, o Kafelnikov e, na final, o Bruguera, todos campeões em Roland Garros. Ele ganhou com a autoridade de um campeão e, agora, é um legítimo ídolo nacional, com apenas 20 anos. A tendência é crescer."

Jaime Oncins, 26, tenista, chegou a 34º no ranking mundial - "Fiquei bastante emocionado. Só quem joga sabe o que é estar lá. Vendo o Guga, a gente tem vontade de estar lá. Para o tênis é ótimo, abre grande espaço na mídia e atrai o público. Ele arrasou os adversários, principalmente o Bruguera. Foi tão tranquilo que parecia estar jogando no quintal dele."

Marcelo Meyer, 44, técnico e ex-tenista, foi campeão brasileiro e sul-americano infanto-juvenil - "A coisa é alucinante. A conquista do Gustavo Kuerten abre uma enorme perspectiva para o esporte. No Brasil, o tênis nunca teve um grande atrativo. A garotada entra meio obrigada pelos pais, na obrigação de praticar uma atividade física. Agora, isso se transforma. O Guga é um moleque extremamente carismático, com sua simplicidade e seu 'jeitão'. Estamos vivendo um momento fantástico."

Paulo Cleto, 46, capitão da equipe brasileira na Copa Davis - "Não tinha a menor dúvida de que o Guga iria ganhar. Seu desempenho cresceu muito durante o torneio, e sua segurança também. Ele dominou todo o jogo e não deu chance para o Bruguera, que ficou visivelmente insatisfeito e nervoso. Foi o resultado natural, ainda que o espanhol fosse o favorito. É excelente para o tênis."

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