São Paulo, segunda-feira, 9 de junho de 1997 |
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Exemplo para o vôlei
CIDA SANTOS A coluna é de vôlei, mas não dá para deixar de confessar: foi difícil assistir ontem ao jogo entre Brasil e Argentina, pela Liga Mundial. Com dois monitores de televisão, um em cada canal, foi quase impossível tirar os olhos de Guga, esse novo herói colorido e cabeludo do esporte brasileiro, que fez história ontem, em Roland Garros.Algumas conquistas atravessam as fronteiras das modalidades e trazem ensinamentos para o esporte em geral. Foi assim, por exemplo, com o vôlei, em 1992, quando foi campeão olímpico. O trabalho com uma psicóloga, as estratégias da comissão técnica para unir o time acabaram tornando-se referências também para outros esportes. Nesses dias de epopéia do Guga, o que mais me chamou a atenção foi a sua postura de querer sempre mais. Depois de cada vitória, ele já parecia incomodado com o lugar confortável conquistado e já se propunha a uma outra meta mais ambiciosa. Ontem, a Folha já trazia publicada uma frase reveladora de Guga. Sobre o jogo da final contra Sergi Bruguera, ele dizia:"Acho que vou estar nervoso. Mas por que não vencer?". Essa indicação do "sim", da possibilidade de dar certo, vencer e ser feliz, talvez sirva como um impulso a mais essa nova geração do vôlei, liderada por Gustavo, Ricardinho, Marcelinho, todos da mesma faixa etária de Guga. Em busca de suas primeiras conquistas na seleção brasileira, e já com responsabilidades de titulares, eles já têm mais um exemplo de que a vitória não é algo distante. Aliás, com a seleção de vôlei, tudo vai muito bem: oito jogos, oito vitórias. O time é o líder invicto da sua chave na Liga Mundial. A grande virtude está sendo o bloqueio: só no jogo de ontem, foram 16 pontos nesse fundamento. Mais de um set e um verdadeiro paredão. Texto Anterior: Denílson e Flávio Conceição são titulares Próximo Texto: Cuba; Desfalque; Bulgária Índice |
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