São Paulo, segunda-feira, 9 de junho de 1997 |
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O amor na poesia ocidental
NELSON ASCHER
Na Idade Média, boa parte da poesia era composta e cantada em público pelos trovadores. Primeiro na Provença (sul da França) e então no resto da Europa, eles criaram a idéia do amor cortês e diferentes tipos de poema, como a "Alba", que quer dizer "alvorada" ou "aurora" e fala dos amantes que, depois de uma noite juntos, tem de se separar logo de manhã. Michael Drayton, na Renascença, fez um soneto num inglês tão direto que, para traduzi-lo, achei que valia a pena usar nossa gíria. John Donne, um pouco depois, ficou famoso como um poeta que lançava mão dos argumentos mais surpreendentes para falar do amor e cantar as moças. Já os poetas do século passado trataram o amor com humor e melancolia, como Heine, ou com a obsessão e morbidez, como Baudelaire. Quem se interessou pelo assunto e quer ler mais, pode começar por três livros deliciosos de traduções. - "Verso Reverso Controverso" (Ed. Perspectiva), de Augusto de Campos; - "31 Poetas, 214 Poemas" (Companhia das Letras), de Décio Pignatari; - "Flores das 'Flores do Mal' de Baudelaire" (Ediouro), de Guilherme de Almeida. Texto Anterior: "The Surface of Jupiter", The Renderers; "On Holyday", Tony Bennett; "Maxwell's Urban Hang Suite" Próximo Texto: Sob as Tílias Índice |
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