São Paulo, segunda-feira, 9 de junho de 1997 |
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Candidato ao Estado-Maior vai desistir da promoção
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Ralston era o favorito do secretário da Defesa, William Cohen, até ser revelado que havia tido um caso extraconjugal na década de 80. O adultério é proibido pela legislação militar. Observadores políticos em Washington acham que, se o presidente Bill Clinton insistir em nomear Ralston para o cargo, correrá o risco de ver seu nome rejeitado pelo Senado. Durante o fim-de-semana, número crescente de parlamentares da oposição e do governo se pronunciaram em público em favor de sua desistência. Vários desses parlamentares dizem que as Forças Armadas usam critérios diferentes ao tratar de casos de adultério. Em maio, uma tenente, a primeira mulher a pilotar bombardeiros B-52, foi obrigada a passar para a reserva por ter tido um caso extraconjugal. Semana passada, o secretário Cohen afirmou que Ralston continuava a merecer sua confiança, apesar do episódio do adultério. Ralston, 56, retornou ontem de viagem a países da ex-União Soviética. Ele é atualmente o vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas. Veterano condecorado da Guerra do Vietnã, Ralston é muito respeitado entre os militares do país e o preferido do atual chefe do Estado-Maior, general do Exército John Shalikashvili, que passa para a reserva em setembro. Ralston estava separado da mulher quando se envolveu com uma funcionária pública em 1983. O romance durou um ano e foi retomado em 1988. (CELS) Texto Anterior: EUA indiciam suspeito da morte de Levin Índice |
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