São Paulo, segunda-feira, 9 de junho de 1997
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Bariloche busca o brasileiro perdido

Esqui recebe investimento de US$ 20 mi

ISABELLE SOMMA
ENVIADA ESPECIAL A BARILOCHE

A paisagem única que encantou Walt Disney e foi cenário do desenho animado "Bambi" não foi o bastante para encantar e atrair os turistas de inverno.
Depois de perder terreno para pistas como as de Aspen e Vail, nos EUA, Las Leñas, na própria Argentina, e Valle Nevado, no Chile, e ter passado por uma temporada de inverno desastrosa em 96, Bariloche promete uma desforra.
Com um investimento de US$ 20 milhões, Cerro Catedral, o mais importante complexo de esqui de Bariloche, pretende recuperar os esquiadores brasileiros que trocaram a "Suíça argentina" por plagas mais modernas e esquiáveis.
O aparato inclui 40 canhões que produzem neve artificial, novos e mais rápidos meios de elevação ao topo da montanha (lifts), um centro totalmente dedicado à prática do snowboard e cartões magnéticos que controlam a entrada e saída dos esquiadores.
Além disso, após ter passado anos fechado, o Llao Llao Hotel & Resort -que nos anos 60 hospedou cabeças coroadas- agora pretende abrigar reis, presidentes, socialites, além de turistas.
O velho cassino da cidade está sendo substituído por um novo, localizado no também cinco estrelas hotel Panamericano.
O cacife não é pequeno. Mas o que realmente afastou o turista brasileiro de Bariloche continua intacto: os preços locais.
Os artigos feitos de couro e lã têm preços um pouco menos descabidos do que os de São Paulo, mas nada que mereça uma comemoração com o chocolate quente local.
No comércio da cidade, US$ 1 continua valendo P$ 1 (um peso argentino) -diferentemente da capital, Buenos Aires.
Com as reformas, parece que a cidade de San Carlos de Bariloche está querendo cair na real, ou melhor, faturar muitos reais.

LEIA MAIS sobre Bariloche nas págs. 7-14 a 7-16

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