São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Base aliada tem 60 votos contra

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo teve 60 votos contrários ao subteto entre os deputados dos partidos aliados ao Palácio do Planalto.
O PMDB foi o partido da base governista com maior número de dissidências: 25 peemedebistas votaram contra o governo.
A dissidência peemedebista ocorreu 20 dias depois de dois ministros do partido terem tomado posse -Eliseu Padilha, nos Transportes, e Iris Rezende, na Justiça.
PPB
Depois do PMDB, o PPB foi o partido da base governista com maior número de votos contrários. No total, 15 deputados do PPB não acompanharam a orientação do governo.
"Eu tenho dito: as reformas são importantes, mas cada uma tem o seu tempo", afirmou o líder do PPB, Odelmo Leão (MG).
Tucanos
No PSDB, o partido do presidente Fernando Henrique Cardoso, oito deputados votaram contra o subteto.
"Nós queremos que cada um responda à sociedade pelo seu voto", afirmou o líder do PSDB, Aécio Neves (MG).
Para Aécio, o partido teve uma votação "significativa" -73 tucanos apoiaram o dispositivo do subteto.
"Lamentável foi o quórum. Numa votação importante, 450 deputados em plenário é muito pouco. Não se justifica a ausência de deputados", afirmou.
O líder tucano disse que hoje vai levantar caso a caso as ausências no PSDB.
"Não é concebível que o parlamentar se omita em uma votação de uma matéria de relevância", afirmou. Doze deputados do PSDB não compareceram à votação.
Entre os demais partidos governistas, os votos contrários foram do PFL (7), do PTB (3) e do PL (3).
Na votação do dispositivo que trata dos ex-servidores dos ex-territórios, 38 dos 46 votos contrários foram do PT. Os outros oito são dos partidos governistas: PTB (1), PFL (2), PPB (4) e PSDB (1).
Revisão
Para o líder do PSDB, as derrotas do governo em pontos fundamentais podem desfigurar a reforma, mas as mudanças aprovadas não devem ser desprezadas. "Eu não jogaria fora o que se avançou até aqui", disse.
Segundo Aécio, os pontos que não forem aprovados agora poderão ser mudados num possível Congresso revisor que seria convocado em 1999.
O líder do PMDB, Geddel Vieira Lima (BA), defende o voto contrário à reforma no segundo turno, caso pontos fundamentais sejam derrotados agora.

Texto Anterior: Câmara derruba subteto na 1ª derrota de Luís Eduardo
Próximo Texto: Estabilidade será votada hoje
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.