São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 1997
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Ajuda a bancos recebe críticas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Central destinou R$ 14,9 bilhões ao socorro a bancos em 96, mas não forneceu dados sobre os custos desses empréstimos para o Tesouro, diz relatório do TCU sobre as contas da União.
Alegando sigilo bancário, o BC se recusou a fornecer ao TCU os nomes de três bancos que receberam R$ 2,715 bilhões em financiamentos do Proer (programa de reestruturação do sistema financeiro).
Eles foram identificados como "instituição A" (beneficiária de empréstimo de R$ 2,49 bilhões), "instituição B" (R$ 110 milhões) e "instituição C" (R$ 115 milhões).
A recusa do BC em fornecer os dados é mais um lance na discussão travada entre os dois órgãos sobre o sigilo bancário. O TCU sustenta que tem direito a ter acesso às operações do BC, que, por sua vez, se recusa a franquear a entrada dos auditores do tribunal.
Mas, a partir de dados já divulgados pelo BC em outras situações, é possível presumir que as instituições denominadas com as letras "A", "B" e "C" são a Caixa Econômica Federal e os bancos Antônio de Queiroz e Martinelli.
No relatório sobre as contas da União, o TCU abriu um capítulo só para tratar do Proer. "Na realidade, o governo deveria socorrer com prioridade os pequenos depositantes e examinar com cautela aqueles que se beneficiam com o conhecimento do mercado."
O TCU também critica o BC por ter promovido um recolhimento de R$ 85,573 bilhões em cédulas em 96. O gasto com a produção de cédulas atingiu R$ 90,14 milhões em 96.

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