São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 1997 |
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Shopping em Higienópolis é autorizado Início da obra ainda não tem data DA REPORTAGEM LOCAL O Tribunal de Justiça derrubou liminar que impedia a construção de um shopping no bairro de Higienópolis, centro de São Paulo.O grupo Plaza Paulista ainda não definiu quando vai iniciar a obra. O mérito da ação não foi julgado. A liminar havia sido dada em junho do ano passado pela 3ª Vara da Fazenda Pública, atendendo pedido da Sociedade Amigos de Vila Buarque, Santa Cecília, Higienópolis e Pacaembu e do Movimento Defenda São Paulo. As entidades alegam que o shopping, que seria construído na avenida Higienópolis, é uma ameaça à qualidade de vida, porque provocaria aumento no trânsito. Estudos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) foram apresentados, mostrando que o número de veículos na região aumentaria cinco vezes. O advogado Rui Celso Reali Fragoso, que representa os interesses do shopping, diz que o trânsito é uma consequência do progresso. "Todos os argumentos das associações foram superados. Nós cumprimos as normas legais", diz o advogado. "O trânsito não é considerado impedimento para construções no direito brasileiro", afirma o outro advogado da empresa, José Emmanuel Burle. As entidades dizem também que o shopping é uma ameaça ao patrimônio histórico. O projeto prevê a demolição de três casas antigas (de 1915), de estilo eclético. O Condephaat e o Conpresp (órgãos, respectivamente, estadual e municipal responsáveis pelo patrimônio histórico) liberaram a demolição dos imóveis. O advogado Antonio Fernando Pinheiro Pedro, representante das associações, disse que vai entrar com um mandado de segurança contra a decisão. "Nós só recebemos o parecer do Ministério Público (favorável à cassação da liminar) na mesma semana do julgamento, o que é um absurdo", diz. Segundo ele, o shopping foi aprovado pela prefeitura sem a realização de um relatório de impacto ambiental. A empresa diz que o relatório só é necessário para empreendimentos maiores. Se for definitivamente liberado, o shopping terá 70 mil metros quadrados, dez andares (sendo quatro subterrâneos), 250 lojas, quatro cinemas e cerca de 1.200 vagas de estacionamento. Texto Anterior: As cidades ilegais do ABC Próximo Texto: Leitor diz que Sabesp erra em leitura Índice |
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