São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 1997
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Camelôs variam mercadoria

RICARDO FELTRIN; MOACYR LOPES JR.
DA REPORTAGEM LOCAL

Jaquetas de couro, binóculos, óculos escuros, minivideogames e camisetas são alguns dos "novos produtos" que começaram a ser vendidos por ambulantes nos canteiros centrais e ruas próximas à marginal Tietê.
O desempregado Sebastião Camargo e sua mulher, Luiza, decidiram investir "os últimos trocados" da família em 50 jaquetas de couro sintético, do modelo semelhante ao usado por motoqueiros.
Cada jaqueta era oferecida aos motoristas por R$ 50. A primeira negativa do cliente potencial já baixava o preço para R$ 40. Mais um meneio de cabeça levava o preço a R$ 30. "Menos que isso não faço de jeito nenhum."
Camargo disse ter chegado à marginal às 8h30. Às 16h, havia vendido dez jaquetas.
O ambulante Lailson dos Santos disse estar "muito feliz" com as vendas desde terça-feira da semana passada, quando a ponte dos Remédios foi interditada. Além de cerveja, Santos vendia "milho grelhado" -a R$ 1,00 a espiga.
Para oferecer seu produto aos motoristas ma marginal, Santos colocava uma espiga fumegante em um espeto de churrasco e a erguia na altura da janela dos caminhoneiros.
"Quem fica aqui oito horas vende até 120 latas de cerveja por dia", disse o ambulante. Isso equivale a um lucro líquido em torno de R$ 60. Ontem, ele disse ter vendido 30 latas. Fora as espigas.
(RF)

Colaborou Moacyr Lopes Jr.

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