São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 1997
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Recusada proposta de retirar policiamento ostensivo da PM

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A comissão do Ministério da Justiça criada para discutir segurança pública, presidida por José Gregori, secretário nacional de Direitos Humanos, rejeitou ontem a proposta do governador Mário Covas de passar da Polícia Militar para a Civil o policiamento ostensivo.
O grupo ouviu a exposição do secretário da Segurança Pública de São Paulo, José Afonso da Silva.
Segundo o antropólogo Rubem César Fernandes, coordenador do movimento Viva Rio e integrante da comissão, a maioria dos participantes concordou com a idéia, mas discordou da forma de implementá-la. "É uma proposta ousada, que tenta enfrentar os problemas fundamentais, como a integração das polícias em um nível que não é só o de comando, mas há problemas sobre como fazer isso."
Como pontos positivos da proposta, o antropólogo citou a ênfase dada na natureza não militar da função da polícia. "Foi mostrado que a polícia tem a ver com cidadania e não com militares, que o que há é uma diferença de funções entre as polícias", afirmou.
Outro ponto destacado foi que a idéia do governador Covas aponta na direção do policiamento comunitário. "O problema da proposta é que ela traz para a Polícia Civil o policiamento ostensivo, e a Militar ficaria reduzida a grandes eventos e grandes desordens. Ela preserva a PM como uma coisa pequena."

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