São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 1997
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Maioria dos brasileiros poupa pouco, conclui a CNI

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A grande maioria dos brasileiros não tem costume de poupar parte do salário. A constatação é de pesquisa realizada entre 7 e 13 de maio e divulgada ontem pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
A pesquisa mostra que 76% dos 2.000 entrevistados em todo o país nunca separam parte do salário ou de suas rendas para a poupança.
Isso ocorre até mesmo entre as pessoas com renda mais alta. Nesse grupo, 54% afirmaram que nunca poupam. Entre os que contam com renda mensal menor que dois salários mínimos (R$ 240), o percentual sobe para 88%.
Apenas 9% dos consultados afirmam que poupam sempre, 6% ponderam que o fazem quase sempre, e outros 6%, esporadicamente. Mais 3% dos entrevistados dizem que economizam em ocasiões especiais -como incentivos, 13º salário e férias.
Entre os entrevistados que afirmaram nunca poupar, 75% mencionaram como motivo o salário insuficiente. Outros 9% afirmam que o rendimento não compensa.
Para 11% das pessoas ouvidas pela pesquisa, mais vale consumir do que poupar. Esse percentual é elevado entre pobres e mais ricos.
Entre os que poupam, 64% afirmam que se trata de uma prevenção contra emergências futuras. Outros 21% admitem que a razão está na compra de um bem.
Dentre os entrevistados, 56% costumam se valer do crediário para comprar. No entanto, apenas 25% contaram ter efetuado pelo menos uma dessas compras a crédito nos últimos meses. Quem possui renda mais alta prefere poupar para pagar à vista.

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