São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 1997
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Festival de Lyon debate cidadania

LUIZ CAVERSAN
ENVIADO ESPECIAL A LYON

Quanto mais cedo se tornar um espectador de teatro, mais cedo o jovem desenvolverá seu senso crítico. E quanto mais cedo tiver contato com esse senso, mais cedo desenvolverá uma relação edificante com o mundo e a vida.
Essa foi uma das teses debatidas ontem no fórum paralelo à Bienal Internacional de Teatro para o Público Jovem, que se realiza na cidade francesa de Lyon.
A bienal, que acontece até a próxima segunda-feira, tem a participação de três grupos brasileiros, que apresentam os espetáculos "O Patinho Feio", "Folias Folias" e "Romeu e Isolda", com o patrocínio da Coca-Cola.
Ao todo são 15 companhias, 18 espetáculos e 85 representações, com grupos vindos de países como Austrália, Canadá, Itália etc.
Essa é a décima edição da bienal, criada em 1977 por Maurice Yendt e Michel Dieude.
Além das apresentações nos teatros, ruas e praças da antiga cidade francesa, a bienal abriga diversos eventos paralelos, como um mercado de teatro e um fórum, que tem como objetivo debater os rumos da criação para o público infanto-juvenil.
No âmbito dessas discussões é que surgiram os debates sobre teatro e cidadania. Outras questões, como a importância do teatro para a educação e a criação teatral propriamente dita, também foram discutidas por atores, diretores e autores teatrais.
Brasil
Segundo Maurice Yendt, o foco principal das atenções deste ano está sobre as produções brasileiras, que foram por ele selecionadas em 1996 no Rio. "Não foi uma escolha aleatória, mas obedeceu a critérios como diversidade e importância artística. Claro que depois de muita discussão", disse.
Segundo Yendt, "O Patinho Feio" traz para a Bienal um tema clássico e universal, "Romeu e Isolda" representa a improvisação e "Folias Folias", o código teatral da revista brasileira e sua dimensão de musical. Para Yendt, o conteúdo das peças se enquadra perfeitamente nos parâmetros de diversidade que se pretende imprimir à bienal.

O jornalista Luiz Caversan viajou a Lyon a convite da Coca-Cola

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