São Paulo, sábado, 14 de junho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Moradores pedem nova rota de veículos

DA REPORTAGEM LOCAL

Moradores da rua Canário, em Moema (zona sudoeste de São Paulo), afirmam que o volume de carros no local está provocando rachaduras nas casas, rompimentos da tubulação de gás, buracos no asfalto e acidentes constantes nos cruzamentos. Eles apresentaram uma proposta de alteração de trânsito à CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
A rua Canário é utilizada por motoristas que estão na av. República do Líbano (sentido bairro-centro) e, dois quarteirões depois, viram à direita na r. Juriti para então chegar à Hélio Pelegrino.
O engenheiro civil Nagib Mahfuz, 76, representante dos moradores da rua Canário, elaborou um projeto para resolver o problema (veja quadro ao lado).
O projeto de Mahfuz prevê o alargamento da avenida, com o corte de seu canteiro central, na altura da Canário.
Projeta ainda a construção de um retorno na esquina da r. Comandante Ismael Guilherme com a av. República do Líbano.
Com esse retorno, segundo Mahfuz, os motoristas que precisassem pegar a Hélio Pelegrino não teriam de passar pela Canário -eles sairiam diretamente da avenida para entrar na Hélio Pelegrino.
A CET informou que, devido ao volume de tráfego atual na região, a proposta dos moradores é inviável. No entanto, a companhia informou que estuda outras opções para minimizar o problema.
A Folha percorreu a rua Canário na última quinta-feira e constatou que a maioria das casas têm as chamadas rachaduras + (no formato do sinal matemático).
"Este tipo de rachadura é provocado por trepidação", diz o engenheiro Mahfuz,
Há rachaduras no asfalto e, em certos trechos, cheiro de gás misturado a esgoto.
"Essa rua não foi projetada para ter o volume de carros que está tendo hoje", afirma Mahfuz.
Segundo a CET, nos horários de pico a r. Canário recebe cerca de mil carros por hora. A República do Líbano, 4.000.
Outro lado
O engenheiro Valtair Valadão, coordenador de área da CET, disse que a companhia está "estudando alternativas" para reduzir o fluxo de veículos na r. Canário.
Valadão, 46, afirmou que o projeto apresentado pelos moradores "no momento é inviável".
"O local onde os moradores sugerem a construção do retorno é muito pequeno", disse Valadão.
"Mas estamos atentos para o problema da Canário e nas próximas semanas teremos alguma solução para reduzir o trânsito."

Texto Anterior: Daee prepara 'operação de guerra'
Próximo Texto: Multar caminhão será difícil, diz secretaria
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.