São Paulo, sábado, 14 de junho de 1997
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Supermercado recupera vendas em maio

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

As vendas de maio nos supermercados aliviaram o susto tomado pelo setor em abril. No mês passado as vendas cresceram 4,6% sobre abril, quando haviam registrado queda de 9,91% sobre março.
Omar Assaf, presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), diz que, com a recuperação de maio, o setor acumula aumento de 0,56% nas vendas deste ano em relação ao mesmo período de 96.
Esse percentual, se projetado para 97, representaria aumento de apenas 1,3% no ano, taxa insuficiente para cobrir a evolução dos custos, diz o presidente da Apas.
A "briga" atual para segurar os consumidores deve aumentar ainda mais no segundo semestre. As redes precisam ampliar suas vendas para registrar crescimento de pelo menos 2% no ano.
"Essa taxa pode ser considerada boa devido à estabilidade que vivemos, mas ainda será inferior à evolução do PIB", diz Assaf. Entre os custos, ele cita os serviços públicos, que praticamente continuam indexados.
A disputa pelo mercado tem deixado os preços praticamente estáveis. Pesquisa do Datafolha mostrou que nesta semana os supermercados reajustaram preços em 0,19%. Nas últimas quatro semanas houve queda de 0,2%.
Já nos hipermercados os preços foram reajustados em 0,25%, mas acumulam queda de 0,86% nas últimas quatro semanas. Os aumentos acumulados no ano nos supermercados e hipermercados estão em 3,7%.
As pressões nesta semana estiveram localizadas em leite e seus derivados e nas carnes. Neste último caso, a pressão maior veio das carnes de segunda, que chegaram a subir 10% na semana.
A pesquisa é feita em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo e abrange cem itens dos setores de alimentos, produtos de higiene e de limpeza. Nesta semana foram feitas 7.217 tomadas de preços.
Conforme outra pesquisa do Datafolha, que inclui apenas supermercados, os paulistanos pagaram 0,63% mais pelos alimentos básicos na semana. O aumento das carnes e do leite foi a principal causa do reajuste do custo médio desses alimentos.
Mesma tendência foi registrada pela pesquisa do Procon/Dieese, que mostrou alta de 0,26% na semana. A pesquisa do custo da cesta básica do Dieese/Procon, além de alimentos, inclui os produtos de higiene e de limpeza.

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