São Paulo, sábado, 14 de junho de 1997
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Condenação de Rainha; Ponte dos Remédios; Votos à venda; Proibição a Zé Celso; Votação da reforma; Acusações ao PT; Ética jornalística; Rombo da Nossa Caixa

Condenação de Rainha
"A Justiça brasileira mostrou, mais uma vez, sua face elitista e ideológica. Não sou fazendeira nem sem-terra, mas dou apoio incondicional ao MST e a seu líder José Rainha.
Que vozes fortes da nossa sociedade civil se levantem contra mais essa injustiça."
Marcia Correa (Campinas, SP)

Ponte dos Remédios
"Lendo o noticiário sobre a ponte que rachou, ocorreu-nos a discordância entre as autoridades do Ceará sobre se um tal mosquito era municipal, estadual ou federal.
É a história se repetindo burlescamente, enquanto desatino, e pateticamente, na realidade dos cidadãos sequestrados por 159 quilômetros de engarrafamento."
Ana Cláudia Drumond dos Reis e José Tadeu Júlio da Silva (Cuiabá, MT)

Votos à venda
"Não concordo com esses tupiniquins botocudos, beócios da esquerda festiva, que atacam o grande presidente Fernando Henrique Cardoso. É pura ignorância! Ele vem cumprindo muito bem a tarefa de modernizar o Brasil e elevá-lo ao Primeiro Mundo."
Jorge Cerpa Marinho (Montes Claros, MG)
*
"Foi difícil entender e aceitar as justificativas dos ministros do STF Sydney Sanches e Neri da Silveira para negar o pedido de suspensão da emenda da reeleição: falta de provas!
Louvores ao ministro Marco Aurélio Mello, que, com seu voto solitário em favor da liminar, mandou uma bela mensagem aos brasileiros de alma limpa: sempre existe alguém que consegue ver a verdade. Estamos aguardando, ansiosamente, as fitas do 'Senhor X' (as outras 16)."
Josephina Mendes (Rio de Janeiro, RJ)

Proibição a Zé Celso
"Seria de extrema utilidade a toda a comunidade araraquarense se a presidente de sua Fundação de Arte e Cultura aprofundasse seus conhecimentos sobre 'arte', 'cultura', 'democracia', 'cidadania', ' direito de expressão', 'responsabilidade no exercício da representação' e 'direito de livre escolha' com a mesma abrangência com que demonstra ter aprofundado os conceitos de 'prepotência' e 'autoritarismo'."
Magali Rolfsen e Lígia Maria Vettorato Trevisan (São Paulo, SP)

Votação da reforma
"Penso que a Folha e outros jornais foram tendenciosos na manchete da edição de 11/6, 'Governo perde em votação da reforma'. Teria sido mais real e teria contribuído mais para a formação da opinião pública se destacasse que, 'por sete votos, Câmara mantém privilégios de servidores e contribui para dificultar avanços na modernização do Estado brasileiro', com o subtítulo 'Deputados assistiam a partida de futebol enquanto importante matéria estava sendo votada na Câmara'."
Roberto Antonio Alves (Brasília, DF)

Acusações ao PT
"O tratamento que a imprensa vem dando ao 'caso Cpem' (e aí, infelizmente, inclui-se a Folha), mostra esse estilo 'novo' de fazer jornalismo no Brasil. A Escola Base e o bar Bodega não foram suficientes. É uma pena!
Sem nenhuma prova concreta, foi dada ênfase às acusações de um ex-secretário cheio de mágoas por ter sido demitido, obsessivo e, por que não, de um passado obscuro -por ter dirigido um carro de sequestro, ter dado tiros a esmo (o que continua a fazer até hoje, no sentido figurado), ter sido responsável pela segurança do congresso da UNE em Ibiúna, em 68 (no qual foram presos cerca de 800 estudantes!), e não ter ficado claro até hoje seu papel na 'queda' que culminou com o assassinato de Carlos Marighella. Talvez os últimos atos desse rapaz nos esclareçam sobre seus atos no passado.
Pois esse moço teve um espaço que eu, como secretário de São José dos Campos no governo Angela Guadagnin, não terei, possivelmente, no Painel do Leitor da Folha."
Walter Aguiar, ex-secretário de Planejamento e Meio Ambiente de São José dos Campos/SP (João Pessoa, PB)

Ética jornalística
"O ombudsman da Folha levantou, há cerca de um mês e meio, a seguinte dúvida: o profissional de imprensa deve, em qualquer circunstância, publicar tudo que lhe vem às mãos?
Por se tratar de uma questão que está muito ligada à ética profissional, ele resolveu testar esses valores junto aos leitores de sua coluna, desafiando-os a opinar sobre cinco situações, e junto aos editores do jornal.
A pesquisa da Folha mostra que enquanto os leitores, na sua maioria, sempre se manifestaram em prol dos valores éticos e morais e pelo respeito ao ser humano, os editores, premidos por seu mundo de competição e de luta pela sobrevivência, optaram por escolhas que vão ao encontro dos donos de jornais, que são a de vender mais e a de suplantar os seus concorrentes, independentemente da ética e do respeito ao ser humano."
Edmir Pelli (Aracaju, SE)

Rombo da Nossa Caixa
"O editorial 'Nossa Caixa, Nosso Rombo' publicado pela Folha em 31/5, defende a privatização da Nossa Caixa e do Banespa. Como argumento, diz que 'as justificativas que valeram no passado para esse tipo de banco caducaram'.
Essa afirmação é absurda, já que o Estado ainda tem muito por fazer em nosso país. Os funcionários da Nossa Caixa e do Banespa sempre denunciaram maracutaias com o dinheiro público e, para evitá-las, já fizeram diversas propostas para que esses bancos continuassem estatais, cumpridores de um papel social fundamental e, sobretudo, sem ingerências políticas."
Fernando Bernardes e Marcos Aurelio Silvestre, diretores do Sindicato dos Bancários e Financiários de Bauru e Região (Bauru, SP)

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