São Paulo, domingo, 15 de junho de 1997 |
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Opção por ônibus empata com 2º carro
ROGERIO SCHLEGEL
O transporte coletivo levou pequena vantagem no levantamento Datafolha: 26% das intenções contra 25% do automóvel-estepe. A margem de erro é de cinco pontos percentuais, o que indica empate técnico entre os dois. O uso do segundo carro é, na verdade, uma burla ao espírito do rodízio, embora o motorista que adote esse procedimento esteja, a rigor, obedecendo a operação. Quem usa um carro-estepe não está deixando de causar congestionamento ou de emitir poluentes. Apenas está contribuindo para que a Secretaria do Meio Ambiente registre alto índice de obediência à operação, que é medido pelo número de placas vetadas que desobedecem a restrição, e não pelo fluxo real de veículos. O segundo carro é a principal opção do motorista que usa transporte individual todos os dias. Nesse universo, 27% vão rodar com outro carro quando seu final de placa estiver proibido de circular e 22% vão usar transporte coletivo. Usar outro automóvel é a alternativa preferida dos que têm dois carros ou mais na garagem, mas também será a opção adotada por 7% dos que só têm um veículo. Jovens pegam carona Entre os jovens, a carona empata em primeiro lugar com o segundo carro e o transporte coletivo. De cada quatro pessoas com idade de 18 a 25 anos, uma pretende se locomover com a ajuda de conhecidos, quando não puder usar seu carro. A maior contribuição ao rodízio, no entanto, tende a ficar com outros dois grupos: os com instrução primária e os de renda familiar até R$ 1.200. Quase metade dessas pessoas vai trocar o carro pelo transporte coletivo e mais de 10% vão cancelar compromissos e deixar de sair. No universo geral, apenas 7% pretendem cancelar compromissos no dia em que não puderem rodar de automóvel. (RSc) Texto Anterior: População não vê eficácia no programa Próximo Texto: Motorista agora acredita em obediência à operação Índice |
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