São Paulo, domingo, 15 de junho de 1997
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7. ELIOT PARA DJUNA

19 de dezembro de 1954

Querida Djuna:

Esta é outra vez uma carta provisória, mas serve também para mandar minhas saudações natalinas e para que você saiba que está longe de ter sido esquecida. Não encontro palavras para descrever a impressão que "The Antiphon" causou em mim. Ela já foi lida por seis dos nossos leitores -não, sete leitores já lhe deram atenção cuidadosa-, e as reações variam do entusiasmo ao entusiasmo parcial até o completo estupor. Eu mesmo ainda não sei o que penso ou sinto. Os dois primeiros atos não me levaram a parte alguma, o terceiro ato tem atividade intensa -parece ocorrer uma espécie de explosão de fissão nuclear que fragmenta a linguagem em seus elementos primitivos de energia violenta. O que fazer com tudo isso? Por enquanto, só Deus sabe. Mas precisaremos de mais leituras e leitores. Receba meu caloroso afeto e ardoroso espanto.

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