São Paulo, domingo, 15 de junho de 1997
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8. ELIOT PARA DJUNA

10 de agosto de 1956

Querida Djuna:

Parece que coube a você ter uma paciência de Jó comigo e com "The Antiphon". Julho é sempre um mês cheio, para não falar das pendências que se acumularam durante minha estadia na América mais as duas semanas de doença, ando sobrecarregado, mas finalmente li a versão revisada, com os cortes feitos depois da leitura no "Poet's Theatre". Mas ainda acho que o segundo ato precisa de mais cortes ainda. Seja como for, ele é exageradamente longo. Não corte nada no começo e não corte nada no final, mas tenho certeza que há páginas no meio que você pode dispensar. Sei que é doloroso sacrificar versos que lhe parecem bons, mas você decerto se lembra de como teve que fazer cortes em "Nightwood" -coisas que eram boas o suficiente para ficar, mas simplesmente havia coisa demais e, numa peça, ainda mais que em ficção, não é desejável transpor muito os limites do essencial. Você não quer dar uma nova olhada?

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