São Paulo, domingo, 15 de junho de 1997
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Europa discute estrutura da união

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL

Não bastasse a trombada em torno do euro, suficientemente grave, há também imensas dificuldades em concluir a CIG.
Trata-se da Conferência Intergovernamental, iniciada há 15 meses, uma espécie de Constituinte européia, destinada a preparar o conglomerado para o século 21.
Ou seja, criar instituições que possam funcionar eficazmente mesmo quando a UE pular dos 15 membros atuais para 26 (são 11 os países na fila, quase todos ex-comunistas), no início da próxima década.
No papel, encerrar a CIG era o grande objetivo da cúpula de Amsterdã, atropelado, no entanto, pela confusão em torno do euro.
Mesmo que não houvesse as dificuldades sobre o euro, a CIG dificilmente seria de fato concluída na capital econômica da Holanda.
Uma cúpula extraordinária, também na Holanda, há duas semanas, terminou sem que se chegasse a um consenso sobre o funcionamento da Comissão Européia, o braço executivo da UE.
São hoje 20 comissários, dois de cada um dos cinco grandes países e um para cada um dos dez restantes. Ampliada a UE, mas mantido esse critério, a comissão se tornará um paquiderme incapaz de tomar decisões.
Nessa cúpula extra, mal se falou dos temas políticos mais relevantes da CIG, quais sejam, política externa e de defesa comuns. Na prática, um ensaio para criar os Estados Unidos da Europa. Não é uma discussão fácil.
(CR)

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