São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 1997 |
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Antarctica vai ao conselho
LUIZ ANTONIO CINTRA
No caso da Antarctica, o Cade irá analisar a parceria da empresa com a também norte-americana Anheuser Busch, que produz a Budweiser. Ocorre que pela própria natureza da parceria a situação parece bem mais delicada para a Antarctica. O analista do Bozano, Simonsen, Marco Melo, é um dos que fazem essa análise. "A implicação de uma decisão negativa, no caso da Antarctica, será muito maior do que para a Brahma." Isso porque a Antarctica passa por um amplo processo de reestruturação e modernização, no qual a Anheuser Busch tem papel fundamental, com a transferência de tecnologia e de know-how. "A associação Antarctica/Budweiser pode ser considerada um casamento, enquanto no caso da Brahma o caso está mais para um namoro", brinca o analista Luís Fernando Oliveira, do Unibanco. A sério Oliveira diz que a Antarctica também pode ser vista como boa opção de investimento, inclusive por estar atrasada -mas deter 24% do mercado- e ter, portanto, boas possibilidades de crescimento. Prática corrente Marco Melo, do Bozano, Simonsen, diz ainda que estranhou a decisão do Cade, justamente porque acordos como esse são prática corrente em outros países. "As grandes multinacionais têm caixa e conhecimento para fazer bons produtos, enquanto as nacionais conhecem o mercado, têm estrutura de distribuição e marcas consolidadas", avalia. (LAC) Texto Anterior: Brahma tem boa avaliação, apesar do Cade Próximo Texto: A quatro mãos (18) Índice |
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