São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 1997
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Evento mitificou Jimi e Janis

RUBENS LEME DA COSTA; ROGÉRIO ORTEGA
ESPECIAL PARA A FOLHA E DA REDAÇÃO

Monterey lançou ao estrelato dois músicos absolutamente desconhecidos que, para o bem ou para o mal, se tornariam símbolos daquela geração.
Um deles foi a texana Janis Joplin, obscura vocalista do obscuro grupo Big Brother and the Holding Company, que surpreendeu o público com sua interpretação do blues "Ball and Chain".
Janis saiu do festival para um contrato com a Columbia, na qual gravaria "Cheap Thrills" e colocaria as coisas nas suas devidas dimensões: o Big Brother virou apenas a banda que a acompanhava (e seria descartada logo depois).
Outro foi o guitarrista canhoto James Marshall Hendrix -nascido em Seattle, mas, até então, estrangeiro nos Estados Unidos, já que iniciara carreira em Londres.
Jimi Hendrix chegou a Monterey a bordo de recomendações entusiásticas do beatle Paul McCartney e de Andrew Loog Oldham, empresário dos Rolling Stones. Não decepcionou.
Seu trio, o Experience, abriu o show com uma versão furiosa de "Killing Floor", do bluesman Howlin' Wolf. Prosseguiu com outra, "Like a Rolling Stone", do ausente Bob Dylan.
Terminou com sua resposta ao quebra-quebra do The Who, que tocara antes, pondo fogo na guitarra ao final de "Wild Thing" -sucesso dos Troggs, executado com mais lentidão e muito mais peso. Foi o que bastou para entrar anônimo e sair mito.
(RLC e RO)

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