São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 1997
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Trabalhador brasileiro tem salário baixo

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA ENVIADA ESPECIAL A ARUBA

O brasileiro, pernambucano e ex-bancário Saulo Alencar Pinheiro, 29, mora em Aruba há sete anos e trabalha na De Palm Tours.
É motorista de ônibus de excursões pela ilha e, de quebra, fala sobre os pontos por onde passa.
Considera que ganha pouco para os padrões de Aruba: US$ 1.000 por mês. Depois dos descontos, seu salário é de cerca de US$ 700.
"O custo de vida é alto por aqui. Gasto mais de US$ 300 só pelo aluguel de um apartamento de seis metros quadrados, tipo kitchenette, com energia elétrica e água cobrados à parte."
Pinheiro tem carro (um Toyota), sabe inglês, papiamento e está aprendendo holandês.
Deixou o Brasil quando foi demitido do Banco do Estado de Pernambuco. "Não acho que, financeiramente, seja um grande negócio. Mas a qualidade de vida é superior aqui. Não há violência", diz.
Pinheiro calcula que cerca de 600 brasileiros vivem em Aruba. "A ampla maioria dos trabalhadores daqui são colombianos", calcula.
Ele afirma que, hoje em dia, é muito mais difícil para um estrangeiro iniciar a vida em Aruba do que quando ele mudou para lá.
Quase brasileiro
Também é possível trocar informações em português com Hubert Clement Cunha, que morou por oito anos (dos 8 aos 16 anos de idade) no Brasil, mais exatamente na cidade de São Paulo.
Hoje, aos 26 anos, Hubert trabalha na Red Sail Sports em Aruba e vive no mar, em um catamarã que leva turistas a pontos de mergulho.
Nascido em Georgetown, capital da Guiana, filho de holandeses, Hubert diz adorar o Brasil, principalmente Ubatuba (SP) e Florianópolis. Ele dá aulas de mergulho nas horas vagas.

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