São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997 |
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Desembarques de navios militares serão fiscalizados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A Receita Federal vai fiscalizar todos os desembarques de navios militares no país. As regras de controle serão definidas nas próximas semanas e submetidas ao Ministério da Marinha.A decisão foi motivada por denúncia veiculada pela Rede Globo de que tripulantes da corveta Júlio de Noronha estariam envolvidos em contrabando de mercadorias compradas em Miami (EUA). Segundo o secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, a partir de hoje serão intimadas todas as pessoas citadas na reportagem para prestar depoimento. Uma comissão de auditores fiscais deverá analisar as mercadorias e bagagens desembarcadas da corveta. A decisão foi apresentada após reunião entre Maciel e o almirante Carlos Lacerda Freire, secretário-geral do Ministério da Marinha. Freire disse que não houve contrabando dos tripulantes. "À bordo, como nossos marinheiros não têm nada a esconder, devem ter comentado aos repórteres que compravam material", declarou. O almirante afirmou que é regra para os tripulantes que pretendem fazer compras no exterior encomendar os produtos a empresas especializadas -como a Brazil Wholesaler's, de Miami (EUA). Segundo ele, essa prática permite o adequado armazenamento da mercadoria no navio e a fiscalização do embarque pelo comandante. "Nossa fiscalização é muito mais rigorosa que a da Receita. Quando algum marinheiro ou oficial traz material além de sua cota de US$ 500, perde o produto e ainda é punido. A punição acaba às vezes com a carreira dele." Segundo Freire, o setor de inteligência da Marinha não deverá formar parceria com a Receita para investigar as denúncias. "A Receita Federal vai fazer o trabalho dela, que é verificar se o material que entrou é contrabando ou não." Texto Anterior: A fonte dos milagres Próximo Texto: Força nega contrabando Índice |
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