São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
CPI amplia acusação a Pitta Requião critica prefeito, que se defende em documento DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA REPORTAGEM LOCAL O relator da CPI dos Precatórios, senador Roberto Requião (PMDB-PR), vai ampliar as acusações contra o prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PPB), por irregularidades na emissão e negociação de títulos públicos.Requião divulgou ontem nota técnica em que responde às críticas que Pitta fez a seu relatório, em depoimento à CPI na semana passada. Na ocasião, Pitta disse que o relatório era "faccioso". Segundo a nota, está em elaboração um segundo relatório parcial que vai tratar "de outros ilícitos a ele (Pitta) relacionados ao longo dos depoimentos e investigações". "Ilícitos" Os "outros ilícitos" sobre os quais Requião pretende discorrer são: formação de quadrilha por assessores diretos de Pitta; perdas impostas à prefeitura em negociações de títulos e ilícitos fiscais imputados pela Receita ao prefeito. O relator vai tratar, ainda, de favores que Pitta teria recebido de envolvidos nas fraudes. O banco Vetor pagou o aluguel de um carro usado pela mulher de Pitta, Nicéa. Requião reafirma que cerca de R$ 1 bilhão de títulos emitidos na gestão do ex-prefeito Paulo Maluf, quando Pitta era secretário das Finanças, não foram usados para pagar dívidas decorrentes de decisões judiciais, motivo da colocação dos papéis em mercado. A ex-prefeita Luiza Erundina (PT), antecessora de Maluf, também emitiu mais do que gastou para pagar precatórios, diz a nota. Erundina pediu R$ 296,5 milhões acima do que havia para pagar. Mas, ressalta a nota, R$ 251 milhões entraram no caixa no mandato de Maluf. Ou seja, do dinheiro que Erundina arrecadou com a venda de títulos, R$ 44,9 milhões não foram para precatórios. Segundo a nota, a diferença de escala entre emissões acima do que havia a pagar por Erundina e Maluf, "demonstra a intensificação do uso de artifícios visando à superestimação de precatórios". Outro lado A respeito da nota técnica, a Prefeitura de São Paulo divulgou documento que afirma, entre outros pontos, que: "Em nenhum momento, em sua exposição de oito horas à CPI, o prefeito Celso Pitta 'faltou com a verdade' ou incorreu em qualquer 'erro aritmético'. Ao contrário do que diz a citada 'nota', todas as informações do prefeito refutando os dados do chamado 'relatório parcial' foram lastreadas em farta documentação comprobatória, que foi lida e colocada à disposição dos membros da CPI." Colaborou a Reportagem Local Texto Anterior: O jantar de Covas com Lula Próximo Texto: Maluf não deve depor hoje Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |