São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997
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Luís Eduardo nega compra de deputados

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O líder do governo na Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), disse ontem na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que não participou de negociações com deputados para comprar votos a favor da reeleição.
"Coube a mim marcar o dia da votação. Desde o início, disse que marcaria a data de acordo com o presidente Fernando Henrique."
Ele depôs como testemunha do processo de cassação dos deputados Chicão Brígido (PMDB-AC) -licenciado-, Osmir Lima (PFL-AC) e Zila Bezerra (PFL-AC).
Em 13 minutos, Luís Eduardo respondeu às perguntas do relator do processo, Nelson Otoch (PSDB--CE), e do advogado de Chicão, Luiz Carlos Madeira.
Ele disse que marcava audiências de deputados governistas e da oposição com membros do governo federal, mas repeliu a utilização do verbo "intermediar". "Solicitar é mais adequado", afirmou.
"Jamais permitiria que ninguém tivesse a ousadia de me pedir uma audiência com quem quer que seja e, antecipando um assunto dessa natureza, que terminasse de falar na minha presença", disse.
Ele negou ter relação próxima com os deputados acusados e com os ex-deputados Ronivon Santiago e João Maia, que renunciaram.
Luís Eduardo confirmou que, na reunião do PFL que decidiu a expulsão de Ronivon e Maia, disse não ter dúvidas sobre a autenticidade das fitas, nas quais os dois dizem que venderam seus votos e envolvem Chicão, Osmir e Zila.

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