São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997
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Estudo avalia prejuízos

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 42% das empresas de transporte de carga de São Paulo terão de pagar multas por descumprimento de contratos de entrega de mercadorias já firmados, por causa do rodízio de veículos.
Essa é a principal conclusão de uma pesquisa do sindicato que reúne as empresas de caminhões do Estado (Setcesp), feita com cem empresas da capital.
Este ano, pela primeira vez, os caminhões também terão de cumprir a restrição de circulação -um dia por semana sem rodar.
Apesar de o governo ter liberado vias de passagem para veículos que transportem mercadorias com origem e destino fora dos dez municípios incluídos no rodízio, as empresas que trabalham na região não poderão cumprir alguns contratos assinados antes da regulamentação do programa.
Como o controle da proibição será feita pela placa dos veículos, há casos de empresas que terão em um único dia 81% da frota impedida de rodar.
Com a frota reduzida em determinados dias da semana, as empresas terão uma diminuição da capacidade produtiva, uma elevação nos custos, com horas extras, e terão de fazer contratações com terceiros para honrar alguns contratos.
"Esses fatores vão causar uma elevação no custo do frete, que as empresas vão repassar para o consumidor final", disse a economista Maria José Liberato, que coordenou a pesquisa pelo Setcesp.
"Há empresas que terão prejuízos de até R$ 260 mil por mês, porque os finais das placas dos veículos não são divididos com equilíbrio pelos cinco dias da semana." (FS)

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