São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997
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Superávit em duas semanas foi de US$ 86 mi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A balança comercial registra superávit de US$ 86 milhões acumulados nas duas primeiras semanas de junho. Os dados foram divulgados ontem pelos ministérios da Fazenda e da Indústria, Comércio e Turismo.
Em boa medida, o superávit acumulado das duas primeiras semanas de junho pode ser considerado artificial. Isso porque os desembarques foram prejudicadas por problemas técnicos no registro de licenças de importação.
Esses prejuízos, de acordo com denúncia apresentada na última semana por importadores, podem ter chegado a US$ 2 bilhões. Ontem, a AEB (Associação Brasileira de Comércio Exterior) informou que o problema foi solucionado.
As exportações nas duas semanas do mês somaram US$ 2,299 bilhões, com média diária de embarques de US$ 229,9 milhões. Já as importações totalizaram US$ 2,213 bilhões, com desembarques diários de US$ 221,3 milhões.
Em princípio, se as mesmas médias de embarque e desembarque de mercadorias se mantiverem até o final do mês, a balança comercial fechará com superávit de US$ 180,6 milhões.
Esse seria o primeiro resultado mensal positivo da balança comercial desde maio do ano passado. Naquele mês, o superávit foi de US$ 268 milhões.
No Ministério da Indústria, a expectativa é que o atual saldo positivo seja diluído com a concentração dos desembarques de produtos importados nos últimos dias do mês.
Na avaliação dos técnicos do ministério, trata-se de uma tendência verificada a cada mês. Não há, portanto, previsão de superávit.
Já a Secretaria de Política Econômica avalia que há tendência de diminuição no ritmo de crescimento das importações desde maio -quando o déficit foi o menor do ano, de US$ 271 milhões.
Esse comportamento seria derivado da formação de estoques de bens de consumo duráveis, basicamente veículos e eletrodomésticos.
Esses estoques resultaram das antecipações de importações e da produção interna não desovada por conta de medidas restritivas ao consumo adotadas. A principal delas foi a elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre operações de crédito.
Também pesaram as mudanças nos preços do petróleo no mercado internacional e as medidas tomadas pelo governo, em março, para restringir o financiamento das importações.
Em junho, as exportações continuam favorecidas pelos embarques de produtos agrícolas, beneficiados pela isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e pelos preços no mercado internacional.

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